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sexta-feira, 13 de julho de 2012


Eu já estava cansando,vivia cansado na verdade. Ninguém percebia,e os que percebiam sempre acreditavam que iria passar e,tentavam me fazer acreditar nisso também..
Vivia assim desde os meus 7 anos, ainda lembro-me da tristeza sem motivos e das saudades pelo que nunca tive.. O mundo era algo estranho demais pra mim, não sei se para as outras pessoas também era assim , eu não me adaptava.. Nunca me adaptei, estou doente há duas semanas, doente fisicamente pois, de alma nunca estive são.
Hoje me bateu uma febre tremenda,junto com muita tosse e palavrões,senti todo o meu mundo se ruindo.. A tarde inteira de sol,fiquei na cama e sabia que a noite prometia uma lua cheia com estrelas brilhantes,era um belo dia pra partir,não que precisasse de um belo dia pra isso mas,esses eram os sinais que a natureza me enviava.
Sabia que as pessoas iriam chorar mas, o choro nem sempre é tão real,já que ninguém nunca quis acreditar em mim e muito menos me amar pelo meu eu de verdade. Eu sempre tive que me esconder,sempre tive de me perder..
Agora só me restam lembranças de uma vida sem sentido,a busca terminou forçadamente e eu estou indo pra algum outro lugar,vou pro desconhecido..
Mas,vou sem dor e um pouco até feliz,com um sorriso meio bobo na cara.
E,hoje me vou deixando apenas essa carta,quem sabe umas gotas de sangue e a certeza de que quando tudo está perdido sempre existe um caminho!
Baseado na música “A via láctea” da Legião Urbana.